quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

HISTÓRIA DE GUAMARÉ-RN


Guamaré. Tendo a origem de seu nome pela junção das palavras água-maré, por estar localizada às margens das marés dos rios Aratuá e Miassaba, Guamaré recebeu a presença do homem branco nos idos de 1605, quando o capitão Pero Coelho, aqui aportou com sua esposa, seus filhos e soldados, sobreviventes da tentativa frustrada de colonizar o Ceará. Salvaram-se da fome comendo Aratú cru e bebendo água fresca em Água-Maré, arranchados junto a cacimba d’água. No ano de 1612, encontrava-se também registro da localidade de Guamaré, no mapa de João Teixeira.

No ano de 1783 o português Francisco dos Santos, residente em Caiçara, construiu a Capela de Nossa Senhora da Conceição em gratidão, por ter conseguido salvar-se juntamente com sua tripulação, de uma tempestade no alto mar e aportando em Guamaré.

Guamaré já pertenceu ao Município de Açu, passando para Angicos em 1833, de quem foi Distrito da Paz em 1834, tendo 201 moradores adultos. Em 1847 incluiu-se no território de Macau onde permaneceu mesmo quando houve a restauração de Angicos em 1850. Distrito de Paz de Macau em agosto de 1873.

Em 6 de setembro de 1837, os moradores de Guamaré enviaram à Assembleia Legislativa uma petição pleiteando a criação da Villa Imperial de Guamaré e respectiva freguesia. A Comissão defensora junto ao poder Legislativo compunha-se dos Senhores Joaquim Álvares da Costa, vereador em Angicos e proprietário, Antônio Ferreira de Brito, negociante e André de Souza Miranda, Juiz de Paz e proprietário. Francisco Trajano Xavier da Cunha, outro vereador e que seria o primeiro Juiz de Paz em Macau, declarou-se solidário. Desejavam área municipal com dezessete léguas de comprido; do Tabuleiro Alto dos Pitas ao Rio Camurupim; da Fazenda São Pedro, de Francisco José Soares, à Fazenda Gangorra, em linha reta à Canafístula, inclusive neste ponto a Fazenda Floresta, do Capitão Francisco Trajano Xavier da Cunha e a Fazenda Rosário, do tenente coronel João Marques de Carvalho. Seguia daí em rumo certo ao rio Camurupim mais praias pertencentes a Angicos.

Os proprietários informavam existir “boas estradas” e que Guamaré era o ponto da província onde mais existia armadilhas de pescarias e tinha um porto onde entravam barcos e canoas grandes da costa, carregadas “todo o perciso para o bom passadio dos habitantes”. As Comissões de Estatística, Justiça Civil e Criminal da Assembléia, compostas dos Deputados João Patrício da Silva Juba, Antônio Basílio Ribeiro Dantas, Bartolomeu da Rocha Fagundes e Luís da Fonseca e Silva, em 15 de outubro de 1838 deram parecer contrário, por serem lugares despovoados, exceção da povoação. Parecer aprovado no dia seguinte. Quando os macauenses voltaram a pleitear a independência administrativa (setembro de 1847), Guamaré protestou. Mas a tão sonhada Emancipação de Guamaré, tornou-se realidade em 7 de maio de 1962, através da Lei nº 2.744, quando foi desmembrada de Macau, tornando-se um novo Município do Rio Grande do Norte.

Atualmente a cidade de Guamaré está sendo administrada pelo empresário Auricélio dos Santos Teixeira.

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